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quarta-feira, março 15 

Défice de todos os Santos




Há dois tipos de crescimento económico para países como Portugal: há crescimento quando a riqueza produzida num ano é, efectivamente, superior à riqueza produzida por esse país no ano anterior - é o caso porque este ano produzimos mais 0,3% de riqueza em Portugal do que no ano passado; há crescimento quando nos aproximamos da média europeia, e para isso é (sempre) necessário crescer mais (em percentagem) do que os países mais avançados da UE. Bem mais.
O único tipo de crescimento que nos interessa é o segundo, e é necessária muita cautela quando se fala em retoma da confiança na economia e em crescimento económico quando estamos apenas no primeiro tipo.
Nem é por mais nada: os portugueses não sentem o primeiro tipo de crescimento, mas continuam a sentir os sacrifícios que lhes são pedidos para atingir o segundo.
O dia em que se venda gato por lebre (ou seja, o primeiro, pelo segundo tipo de crescimento) no discurso oficial do Governo, é o dia em que o Governo perde a legitimidade para conduzir esses sacrifícios.
O que vale é que ele sabe isso. E é por isso que está cá para durar.
Keizer Soze