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quarta-feira, fevereiro 28 

Coerências

Há um momento delicioso na série The Office, em que David Brent consegue vencer um concurso de perguntas e respostas num bar, que havia perdido, através de um prolongamento que consistia em lançar um sapato por cima de um telhado.
Vem isto a propósito da extraordinária tese, que tem sido posta a circular, aqui ou aqui, de ausência de 'consenso' na proposta dos partidos de esquerda para alterar o enquadramento legal da IVG, deixando de fora os partidos da direita.
Ora, partidos de direita representados no parlamento, só me recordo de dois. Um fundiu-se com a campanha da NÃO alteração legislativa, o outro, na sua direcção política, fez declaradamente campanha no mesmo sentido. A excepção foram alguns deputados deste último, que integraram movimentos cívicos na campanha pelo SIM.

O que nos coloca algumas questões.

A responsabilidade, a legitimidade e o dever de apresentação de propostas de alteração legislativa cabem aos partidos políticos representados na assembleia da república ou aos movimentos cívicos?

Os eventuais contributos de quem se associou aos movimentos cívicos pelo SIM, e que por acaso são também deputados, deveriam ser feitos em nome pessoal ou em nome do grupo parlamentar do PSD?

Contributos do CDS? Volto a repetir, e não, não me estou a rir, contributos do CDS?!

O aborto não é de esquerda. Mas esta iniciativa legislativa só tem legitimidade em sê-lo por quem a defendeu e propôs a consulta popular. Por uma razão de absoluta coerência. Não lhe parece claro, PPM?


Dylan T.

Tenho ou não razão em desconfiar?

Sugiro jantar colectivo.

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