Há quem classifique Scolari de
futebolísticamente burro. Em uma coisa não o é. Não gosta de jogadores
ululantes. Dos que tornam ingovernável a propriedade de não lhe
encherem o saco com quem deveria jogar de início. Se Oliveira o tem compreendido em 2002, não teria escrito o argumento de
Lost in Translation.
Porque não vai Baía? Porque, entre outras razões,
como não poder ir o Helton, o escolhido do homem é Ricardo. É Ricardo o melhor? Não. Nem melhor que Baía. Mas é Ricardo e, por educação, não se convida o antigo presidente do conselho de administração para servir cafés nas futuras reuniões.
Mas principalmente, porque não vai Quaresma? Porque os alas do homem são Figo e Ronaldo. Quando Figo deixar de o ser, irá Quaresma. Simples. Sem drama. E então, para entrar nos últimos vinte minutos e revolucionar o jogo e tal? Num mundial de futebol não há revoluções, explica-nos a FIFA com muito jeitinho, desde há muito.
Burro? Quem não perceber isto, não percebe Scolari. O que é diferente de gostar do homem.
E sabemos o que acontece aos
técnicos que querem que gostem deles.
Dylan T.