Um dia de sonho
Perdoem-me a extensão do post, mas tenho que relatar este dia de sonho na vida de qualquer lisboeta. A Emel, entidade amorfa, tentacular e demoníaca contra a qual me insurjo há anos vai enfim dar-me dinheiro. Trata-se de uma tragi-comédia com início às 9h10 da manhã, num silo explorado pela Emel. Uma fila de carros parados à saída, impossibilitados de sair por não estar ninguém para receber o excedente da sua avença nocturna. Uns tentavam congeminar estratégias para levantar a cancela, outros vociferavam ao telefone. Esperei 15 minutos. Voltei a estacionar o carro e apanhei um táxi. Dei-me ao luxo de arredondar o montante e pedi recibo.
Regressei ao local do crime, onde reinava já a paz e a bonança, pela hora de almoço. À falta de um, estavam agora dois funcionários da Emel que, ao verem-me chegar com um sorriso na cara, me estenderam de pronto o livro de reclamações. Reclamei pelo sucedido de manhã, claro, e aproveitei para juntar as reclamações dos utentes que por ali passaram enquanto preenchia os campos do livrinho vermelho. Falta de casa-de-banho e avaria nos elevadores. Já agora, sistema de vigilância em baixo, situação para a qual me foi chamada a atenção pelo simpático empregado da Emel. Fui fazer uma fotocópia dos recibos do táxi aos quais juntei o recibo da fotocópia. ‘Não me diga que vai pôr um recibo de 15 cêntimos?!’, perguntou o outro empregado, amiguinho do patrão. A Emel não cobra ao minuto?!
Prometo aqui, diante de quem teve paciência para me ler, que irei até ao fim nesta história, que, além de já me ter deixado ter lá o carro parado uma manhã inteira sem pagar um tostão, a Emel me vai reembolsar os 8,15 Euros. E quando receber o cheque, convido os empregados do parque para tomar um copo.
To be continued…
Pandora
Regressei ao local do crime, onde reinava já a paz e a bonança, pela hora de almoço. À falta de um, estavam agora dois funcionários da Emel que, ao verem-me chegar com um sorriso na cara, me estenderam de pronto o livro de reclamações. Reclamei pelo sucedido de manhã, claro, e aproveitei para juntar as reclamações dos utentes que por ali passaram enquanto preenchia os campos do livrinho vermelho. Falta de casa-de-banho e avaria nos elevadores. Já agora, sistema de vigilância em baixo, situação para a qual me foi chamada a atenção pelo simpático empregado da Emel. Fui fazer uma fotocópia dos recibos do táxi aos quais juntei o recibo da fotocópia. ‘Não me diga que vai pôr um recibo de 15 cêntimos?!’, perguntou o outro empregado, amiguinho do patrão. A Emel não cobra ao minuto?!
Prometo aqui, diante de quem teve paciência para me ler, que irei até ao fim nesta história, que, além de já me ter deixado ter lá o carro parado uma manhã inteira sem pagar um tostão, a Emel me vai reembolsar os 8,15 Euros. E quando receber o cheque, convido os empregados do parque para tomar um copo.
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