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quarta-feira, março 22 

Bimbo


Este cavalheiro é-me, normalmente, indiferente. Apesar de tudo, nunca argumentei contra o facto de os meus impostos suportarem a esmagadora maioria das suas diatribes porque sou dos que acreditam que o empenho fiscal é distribuido numa base de justiça distributiva solidária e não no critério da circunscrição geográfica. É, aliás, por essa mesma razão que me parece justo que o meu IRS vá parar à Madeira: quem tem que aturar este dromedário merece tudo. Aqui entre nós: quem votou sucessivamente nele, também merece o que tem...
Portanto, que o bimbo brinque lá na terra dele e dê traulitada nas pessoas de lá, também não é facto que me comova ou interesse.
Que venha brincar com a minha é que já não lhe admito. A insularidade do Estado de Direito Democrático em Portugal persiste no irregular funcionamento das instituições democráticas na Região Autónoma da Madeira. A Madeira continua a ser, enquanto este infeliz por lá permanecer, um intervalo da democracia ameaçador da segurança do país porque não há lá escrutínio nem a lavagem de dinheiros (possivelmente oriundos do terrorismo), nem em termos de tráfico de droga, só para citar alguns exemplos.
Proponho o embargo. Despacho exarado:
Ao Governo da República, com a minha concordância, especialmente quanto às considerações de segurança e de ameaça à integridade das fronteiras racionais de Portugal. À Armada para executar de imediato o embargo comercial e fito-sanitário daquela ilha situada, alegadamente, no Atlântico Norte.
A Administração.
Keizer Soze